Sémen
Quem diria que o meu único erro foi tê-la amado de todas as maneiras e formas! Acreditava eu... que a medida do amor era amar sem medida!
Amei-a até á sua própria exaustão... tornando-me num ser execrável até mesmo para mim próprio. E hoje... os espinhos e cardos que me atravessam dos timpanos ao cérebro não me deixam nem sequer ouvir pensar!
Sim sou fútil... Sim sou mesquinho!
E aquilo que sempre significou o princípio do Ser... foi o fim do meu! Apunhalado pelas costas pela própria semente...
O meu relógio de pulso parou á varios dias atrás e agora... agora resta-me um pequeno álbum de esquissos por mim desenhados enquanto a observava a dormir... num sono profundo e cansado após o orgasmo...
Ambos odiamos (mais que a nós próprios) o Ser que nunca chegou a sê-lo!