Poema por escrever...
Onde o paraíso e o inferno não se dividem... nem o mar e o céu demarcam a linha do horizonte, é aí que a espuma da onda que vem de mim, se mistura com a areia húmida que é a tua!
Sou o teu poema por escrever...faço do meu corpo, o teu papel em branco...
E todos os dias o teu cabelo cheiro...
E à língua sobre bem doce a vontade, o apetecer delicioso das palavras...no não controle que se impõe...às palavras...as nossas!
Esse sublinhar passível de ser sentido em qualquer lugar...aqui, numa praia...num espaço físico...num espaço sensitivo entre dois; onde a fronteira entre o familiar e o desconhecido é tão ténue...onde o limiar entre uma boca e outra é tão suave...
... e tão perto como a vontade... à espreita de algo... que não sei bem o quê!
E podia terminar assim... E não sabendo bem, sei que gostaria de te ter de novo um dia destes... logo pela manhã...