ADEUS Mickael Jackson
Michael Jackson, o “Rei da Pop”, o Elvis da minha geração, morreu aos 50 anos, vítima de uma paragem cardíaca. Ao início da tarde de ontem (horário da Califórnia) os serviços de emergência médica foram chamados à sua residência para socorrer o cantor, aparentemente em paragem respiratória — poucas horas mais tarde, já a partir do hospital universitário UCLA, para onde foi transportado, surgia a confirmação da morte.
A música de Michael Jackson marcou de forma indelével os anos 80 e influenciou toda uma geração de músicos. O seu álbum “Thriller”, lançado em 1982, é um ícone da música pop e continua a ser o disco mais vendido da história da música. E os vídeos que acompanharam os seus sucessos transformaram a indústria, abrindo a porta ao sucesso dos canais televisivos musicais como a MTV.
A carreira de Michael começou precocemente, acompanhando os seus irmãos no bem sucedido grupo “Jackson 5” logo aos onze anos. Dois anos mais tarde, e enquanto ainda actuava com os irmãos, iniciou a carreira a solo. Com “Thriller” (o disco mais vendido da tabela americana durante 37 semanas consecutivas) e “Bad” tornou-se o músico mais famoso do mundo.
Michael Jackson foi por duas vezes reconhecido no “Rock’n Roll Hall of Fame” e recebeu 13 Grammys. O seu trabalho humanitário — foi o responsável pelo “single” de ajuda a África “We Are the World” — foi reconhecido pelo Presidente Ronald Reagan.
Tão espectacular como o seu fulgurante sucesso foi o seu colapso: há doze anos que Jackson se mantinha afastado dos palcos, mas tinha marcado o seu regresso para o próximo mês em Londres.
A sua vida quotidiana, misteriosa e excêntrica, foi motivo de especulação durante décadas — alegadamente, Jackson dormia numa câmara de oxigénio, tratava o chimpanzé Bubbles como seu filho e queria transformar o seu rosto numa cópia do de Diana Ross, que idolatrava. O músico morava em reclusão num rancho chamado “Neverland”, uma propriedade de dez quilómetros quadrados que mais parecia um parque de diversões — e que esteve recentemente em hasta pública.
A sexualidade de Jackson também sempre foi motivo de especulação. O músico casou por duas vezes: a primeira das quais com Lisa Marie Presley, a filha de Elvis, o “Rei do Rock n’ Roll”, e depois com a sua enfermeira Deborah Rowe, mãe dos seus dois filhos mais velhos. A identidade da mãe do seu terceiro filho não é conhecida.
Os filhos, sempre escondidos das objectivas dos paparazzi por densos véus de cores escuras têm 12, 11 e seis anos e nomes bizarros: Prince Michael Joseph Jackson Jr, Paris Michael Katherine Jackson e Prince Blanket Michael Jackson II.
Michael Jackson admitiu publicamente ter-se submetido a várias cirurgias plásticas e ter lutado contra dependências de comprimidos e estupefacientes. Um polémico documentário realizado pela britânica Granada Television, em 2003, deixava implícitos vários casos de abuso sexual de crianças que Jackson acolhia no seu rancho.
Um desses casos chegou a tribunal: em 2005, foi acusado de abusar de um rapaz de 13 anos e julgado pelo crime de pedofilia num mediático processo, no qual terminou absolvido. Depois disso, o cantor saiu dos Estados Unidos e foi viver para o Bahrain.
Jackson procurava agora reavivar a sua carreira com uma série de 50 concertos na O2 Arena de Londres, cujos bilhetes esgotaram poucas horas depois de serem postos à venda. De acordo com a imprensa norte-americana, esses espectáculos seriam uma espécie de pontapé de saída para uma tournée mundial de três anos e um novo álbum de originais. Além disso, Jackson tinha planos para transformar o seu mítico “Thriller” numa espécie de musical para casino, a apresentar em Las Vegas e Macau.
A notícia da sua morte foi recebida com choque e consternação nos Estados Unidos (e em particular pela comunidade afro-americana que via Jackson como um emblema da cultura negra no país). Os fãs começaram imediatamente a reunir-se nas imediações do centro médico da UCLA e da casa de Bel-Air que o músico alugara recentemente.
Rest In Peace Mickael
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2 Comments:
Havia várias coisas que me faziam não o admirar muito. Isto a partir das suas constantes plásticas e por último no caso de pedofilia em que ficou envolvido.
Gostava muito de algumas das suas músicas e não será esquecido nunca na história da música.
Admito no entanto, que a sua morte me deixou triste.
Que descanse em Paz!
Beijinhos
É Michael Jackson...e não Mickael Jackson!
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